Todo o gestor que deseja ter sucesso e longevidade nos negócios, sabe que, ao longo do tempo, terá que implantar mudanças para manter sua empresa competitiva. Isso é necessário para se adaptar às alterações de mercado, comportamentos de compra e novas necessidades do seu público, que está em constante movimento.O que nem todos pensam é sobre a importância da análise de riscos antes de introduzir novas estratégias.
É preciso ter em mente que mudanças são bem-vindas quando resultam em benefícios como otimização de processos, criação de novas soluções, redução de despesas e geração de maior lucratividade. Do contrário, podem funcionar de maneira oposta, culminando em prejuízos. É aí que entra a análise de riscos.
Esse recurso costuma ser necessário toda a vez que a empresa decide fazer uma mudança que poderá gerar impactos ao trabalho que já vem sendo feito ou até mudar os rumos do próprio negócio. Alguns exemplos são alterar estratégias de logística, dar uma nova roupagem a um antigo produto, lançar um produto com uma proposta diferenciada, se inserir em um novo ramo, alterar processos decisivos na linha de produção, entre outros.
Mas, por onde começar?
Conforme o PMBOK, o conceituado guia de práticas para gestão de projetos desenvolvido pelo PMI (Project Management Institute), existem seis passos essenciais que norteiam uma análise de riscos eficiente:
1 – Planejar o gerenciamento de riscos: assim como em qualquer projeto, o primeiro passo da análise de riscos é definir de que maneira ela vai ser conduzida.
2 – Identificar os riscos: nesta etapa, os possíveis riscos serão listados um a um.
3 – Realizar a análise qualitativa dos riscos: após identificados os riscos, deverá ser desenhada a probabilidade de ocorrência e os impactos de cada um deles. A combinação desses dois fatores é extremamente relevante para a correta leitura dos riscos e a tomada de decisão frente a eles. Para essa definição, é utilizada uma importante metodologia:
Matriz de probabilidade e impacto: trata-se de um esquema em que classificamos os riscos a partir da sua ocorrência e impactos. Quanto mais chances tiverem de acontecer e maiores forem os seus impactos, maior será o grau de classificação de cada risco, podendo ser baixo, médio e grande.
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Exemplo de uma matriz semi-qualitativa de riscos. Fonte original: https://segurancatemfuturo.com.br/index.php/home/gerenciamento-de-riscos/a-matriz-de-risco/
4 – Realizar a análise quantitativa dos riscos: aqui, a ideia é calcular o custo financeiro que cada risco pode gerar para o projeto.
5 – Planejar as respostas aos riscos: a partir do cenário analisado, o objetivo dessa etapa é mapear as possíveis soluções para minimizar os riscos e seus impactos.
6 – Controlar os riscos: quando o projeto já estiver em ação, o monitoramento das respostas aos riscos na prática deverá ser constante, bem como a identificação de novas possibilidades de riscos e avaliação de efetividade das ações previstas.
E como acontece, na prática, a análise de riscos?
A melhor maneira de compreender como é desenvolvida a análise de riscos, é contar com um exemplo de aplicação prática. Vamos utilizar o case real que a EPR Consultoria realizou para uma grande empresa varejista do Rio Grande do Sul, que desejava alterar o formato de entrega dos seus produtos:
DESAFIO
O objetivo do projeto foi validar a mudança no formato de entrega de produtos da empresa varejista, extinguindo a entrega via encabidados. Para isso, foram realizados mapeamentos dos processos e cronoanálise das atividades.
SOLUÇÃO
Foram mapeados os processos de descarregamento de quatro lojas para definir um método de cronoanálise adequado. Para isso, três cenários diferentes foram cronometrados:
1 – Procedimento padrão já utilizado, composto de 50% de cabides e 50% de caixas multipack.
2 – Misto de 40% cabides, 50% caixas multipack e 10% caixas singlepack.
3 – O mesmo misto anterior com a adição de mais dois colaboradores para ajudar a equipe.
RESULTADOS
Após a análise da EPR Consultoria, concluiu-se que o uso de caixas singlepack era o método mais eficiente de embalagem dos produtos, com uma redução média no tempo processo de 20,85% em relação aos encabidados, justificando a extinção desse método de empacotamento. Além disso, verificou-se que a adição de dois membros na equipe de descarregamento não gerava ganhos significativos, o que se comprovou injustificável economicamente. Por fim, a EPR sugeriu melhorias na gestão visual e a utilização de carrinhos dobráveis para economizar espaço físico, potencializando as melhorias advindas da adoção das caixas singlepack.
Frente a esses resultados, mesmo que apresentados de maneira resumida, fica muito mais claro compreender a importância de uma análise de riscos profissional para validar alterações estratégicas no seu negócio, não é mesmo?
Então, antes de mudar, consulte a EPR Consultoria: (51) 3308 4421 | epr@eprconsultoria.com.br.