MANUTENÇÃO CORRETIVA: O QUE É, PRINCIPAIS TIPOS E COMO APLICAR

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O que você vai aprender

manutenção corretiva

A manutenção corretiva é aquela que ocorre em situações emergenciais. Esse tipo de manutenção se caracteriza por ser feita somente depois que a máquina apresenta falhas, sendo normalmente associada à alternativa mais prejudicial à empresa.

O conteúdo abaixo irá apresentar tudo o que você precisa saber sobre manutenção corretiva: conceito, importância, diferenciais, custos, tipos e exemplos. Além disso, será explicado quando esse tipo de manutenção causa prejuízos, mas também quando pode ser utilizado a favor do seu negócio. Afinal, a gestão da manutenção é imprescindível para a otimização de quaisquer sistemas produtivos.

O que é manutenção corretiva?

Dentre os tipos de manutenção, a corretiva é a mais comumente encontrada. Pode-se definir manutenção corretiva como o ato de consertar algo após uma falha ter sido apresentada.

Através dela, é restaurado o pleno funcionamento de certo equipamento que tenha apresentado qualquer instabilidade ou entrado em colapso. É de extrema importância para evitar a perda de ativos primordiais à produção.

É muito recorrente o uso dessa manutenção até mesmo no cotidiano. Por exemplo, quando você está andando de carro e de repente o motor para de funcionar, ele será levado à mecânica para que ocorra a manutenção corretiva daquele problema. De forma semelhante ocorre com os componentes do sistema produtivo em uma indústria.

Qual a importância da manutenção corretiva?

A princípio, a manutenção corretiva é uma atividade essencial para garantir a continuidade das operações em uma indústria. Além disso, minimizar os prejuízos decorrentes de paradas não programadas e garantir a segurança dos trabalhadores.

A falta de manutenção corretiva quando pequenos defeitos são apresentados pode levar a uma série de problemas. Como a redução da vida útil do equipamento, aumento dos custos de manutenção, perda de produção e até mesmo acidentes de trabalho.

Do mesmo modo, a negligência em relação à manutenção corretiva pode resultar em multas e penalidades por parte de órgãos reguladores. A NR-10 e Lei nº 9.605/98 são exemplos de normas que têm como requisito as boas práticas em manutenção.

É impossível existir um sistema que nunca tenha recorrido a esse tipo de manutenção. Afinal, desgastes, quebras, deterioração, erros nas operações e, até, falhas totais podem acontecer a qualquer momento.

Contudo, é imprescindível lembrar que a gestão da manutenção deve ser administrada de forma inteligente. Evitando, assim, manutenções corretivas sempre que possível e se preparar para fazê-las rapidamente quando necessário.

Principais diferenças entre manutenção preventiva e corretiva

Se você é um gestor ou proprietário de uma empresa que depende de equipamentos e maquinários para funcionar, com certeza já deve ter ouvido falar sobre manutenção preventiva e corretiva. Esses termos podem até parecer um pouco técnicos, mas entender a diferença entre eles pode ser crucial para o sucesso do seu negócio.

A manutenção preventiva é como uma vacina para o seu equipamento. É a forma proativa de cuidar dos seus ativos para evitar problemas futuros. Lembra do exemplo do carro? Imagine que o seu carro precisa de uma troca de óleo a cada 10 mil km. Se você não realizar essa troca, com certeza terá problemas mecânicos no futuro.

Esse tipo de manutenção atua como a troca de óleo do seu carro, ela evita problemas futuros e garante que seus equipamentos estejam sempre em ótimo estado de funcionamento. Caso você queira saber mais sobre manutenção preventiva, temos um conteúdo no blog sobre isso! Basta clicar aqui para acessá-lo.

Já a manutenção corretiva é como ir ao médico depois que você já está doente. É reativa, e só acontece quando um problema já está afetando o desempenho do equipamento. Pode ser mais cara e levar mais tempo para ser realizada, já que envolve a substituição de peças e reparos.

Por isso, é sempre importante lembrar que a manutenção preventiva pode ajudar a evitar problemas que podem levar a manutenção corretiva, economizando tempo e dinheiro para a empresa.

Dessa forma, é essencial ter um planejamento de manutenção adequado, que inclua a manutenção preventiva e corretiva. Desse modo, garantindo que os equipamentos estejam sempre em ótimo estado de funcionamento e reduzindo custos com reparos.

Quais os custos da manutenção corretiva?

Quem trabalha com manutenção sabe que os custos da manutenção corretiva podem ser altos e imprevisíveis. Quando um equipamento apresenta falhas ou quebra, é necessário mobilizar uma equipe para repará-lo, muitas vezes com urgência.

Além disso, a manutenção corretiva pode envolver a substituição de peças, que pode ser um processo caro e demorado. E não para por aí: a interrupção do funcionamento do equipamento pode levar à perda de produtividade e até mesmo de negócios, o que pode ter um impacto significativo na rentabilidade da empresa.

Logo, é fundamental pensar em estratégias de manutenção preventiva, que visam evitar problemas e falhas antes mesmo que eles ocorram. Ao realizar a manutenção preventiva, é possível identificar e corrigir pequenos problemas antes que se tornem grandes e mais complexos.

Essa prática pode reduzir significativamente os custos de manutenção, além de aumentar a eficiência e a produtividade dos equipamentos. Concluindo, investir em manutenção preventiva pode ser uma forma inteligente e rentável de gerir os custos de manutenção na empresa.

Como a manutenção corretiva diminui a falha do equipamento?

Apesar de ser vista como uma medida reativa, a manutenção corretiva pode ser uma estratégia importante para diminuir a ocorrência de falhas em equipamentos. Quando realizada de forma adequada, a manutenção corretiva pode identificar as causas das falhas e, assim, evitar que elas voltem a ocorrer.

Isso porque a manutenção corretiva não se limita apenas ao conserto do equipamento, mas também à investigação das causas da falha. Com uma análise detalhada, é possível identificar e corrigir não apenas o problema imediato, mas também outros problemas que possam estar contribuindo para a falha do equipamento.

Por fim, a manutenção corretiva pode ajudar a aumentar a confiabilidade e a disponibilidade do equipamento, reduzindo a ocorrência de falhas e, consequentemente, aumentando a eficiência e a produtividade da empresa.

Tipos de manutenção corretiva

A manutenção corretiva pode dividir-se em 2 tipos principais: a manutenção corretiva planejada e a manutenção corretiva não planejada.

Manutenção corretiva planejada

A manutenção corretiva planejada ocorre quando a falha ou problema no equipamento já era previsto e já havia sido programado para ser corrigido em um determinado momento.

Isso pode ocorrer quando um equipamento apresenta sinais de desgaste e é preciso substituir peças ou realizar reparos antes que ocorra uma falha imprevista. Essa abordagem é mais econômica e menos disruptiva, já que a manutenção é realizada em um momento em que o equipamento não está em uso.

Por fim, a escolha por esse tipo de manutenção é facilmente justificado por necessidades básicas e de fácil solução. Por exemplo, não faz sentido trocar todas as lâmpadas do escritório, sendo que você não tem como medir o quanto elas foram usadas e se podem durar mais alguns dias ou meses.

Nesse caso, é muito mais efetivo quando alguma lâmpada parar de funcionar, você estar preparado para trocá-la rapidamente.

Manutenção corretiva não planejada

A manutenção corretiva não planejada ocorre quando uma falha ou problema imprevisto no equipamento surge sem aviso prévio. Esse tipo de manutenção é mais comum em equipamentos antigos ou que não recebem manutenção preventiva adequada.

É o caso mais caro que acontece na indústria, já que pode envolver a parada total do equipamento e a necessidade de substituir peças ou componentes rapidamente. A adoção desse modelo de manutenção faz com que você simplesmente não esteja produzindo de acordo com a programação, o que pode ocasionar atrasos graves e, até irreversíveis.

Por isso, é importante investir em manutenção preventiva e estar sempre preparado para lidar com falhas caso elas ocorram. Lembre-se: Não há nada mais previsível que um imprevisto! Estar preparado para isso, é o que vai definir a competitividade do seu negócio.

Vantagens da manutenção corretiva

Antecipadamente, a manutenção corretiva pode trazer diversas vantagens para as empresas. Em primeiro lugar, a manutenção corretiva pode ser uma solução mais econômica para lidar com problemas e falhas em equipamentos, especialmente quando a manutenção preventiva não foi suficiente ou adequada. Isso pode ser útil em situações em que a manutenção preventiva é extremamente cara ou inviável.

Do mesmo modo, a manutenção corretiva pode ajudar a identificar e corrigir a causa raiz de um problema, o que pode ajudar a prevenir futuras falhas e melhorar a confiabilidade do equipamento.

Isso pode ser alcançado através da análise cuidadosa do problema, da substituição de peças com desgaste e da identificação de pontos de melhoria no processo de manutenção.

Como resultado, a manutenção corretiva pode não apenas ajudar a resolver problemas imediatos, mas também ajudar a evitar problemas futuros e a melhorar a eficiência e a produtividade da empresa.

Desvantagens da manutenção corretiva

Embora possa ser uma opção rápida e econômica em alguns casos, a manutenção corretiva também apresenta algumas desvantagens que você precisa levar em consideração. Uma das principais desvantagens é a imprevisibilidade dos custos de manutenção.

A manutenção corretiva pode envolver despesas inesperadas, como a substituição de peças e a contratação de serviços urgentes, o que pode afetar negativamente o orçamento da empresa.

Bem como, a manutenção corretiva pode ser prejudicial à produtividade da empresa. A falha de um equipamento pode resultar em uma interrupção inesperada do trabalho, o que pode atrasar os prazos de entrega e afetar a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos.

Como consequência, pode levar a perdas financeiras, bem como a uma queda na reputação da empresa. Por isso, é importante investir em manutenção preventiva para evitar falhas nos equipamentos e garantir a eficiência e a produtividade.

Pensando nos malefícios que o mau uso da manutenção corretiva podem causar, existe uma filosofia com foco nas manutenções preventiva e preditiva, ela denomina-se Manutenção Produtiva Total (TPM). Caso você tenha interesse em conhecer os pilares e benefícios desse método, acesse aqui.

Curva de PF: o que é e como aplicar na manutenção corretiva

A Curva PF (Probabilidade de Falha) é uma ferramenta muito útil na gestão de manutenção corretiva. Ela consiste em uma representação gráfica que permite identificar quais equipamentos apresentam maior probabilidade de falhas e quando elas provavelmente ocorrerão.

Essa curva é construída com base em dados históricos de falhas de equipamentos e vai ajudar você a direcionar seus recursos de manutenção de forma mais eficiente.

De antemão, a aplicação da Curva PF na manutenção corretiva envolve a realização de uma análise detalhada dos equipamentos, identificando aqueles que apresentam maior probabilidade de falhas e priorizando sua manutenção.

Com essa abordagem, as empresas podem reduzir o tempo de inatividade do equipamento, minimizar os custos de manutenção e prolongar sua vida útil.

É importante lembrar que a Curva PF deve ser usada em conjunto com outras estratégias de manutenção, como a manutenção preventiva e/ou preditiva. Garantindo, assim, a máxima eficiência dos equipamentos e evitar problemas futuros.

A seguir, você encontra um esboço de uma curva PF, na imagem estão identificados o ponto P (falha potencial) e o ponto F (falha operacional). Como você pode observar no gráfico, as operações de manutenção preditiva podem ser iniciadas antes mesmo de uma possível falha ser prevista. No entanto, a manutenção corretiva não programada ocorre na última circunstância.

Por fim. a interpretação da curva PF é uma habilidade que eleva o nível da gestão da manutenção em uma empresa.

Curva PF

3 exemplos de manutenção corretiva

Abaixo, você irá encontrar 3 exemplos de casos em que a manutenção corretiva foi utilizada em diferentes tipos de indústria. Veja como esse tipo de manutenção pode se encaixar em diferentes contextos e setores!

Indústria metalúrgica:

Primeiramente, em uma fábrica de metais, a manutenção corretiva pode ser necessária em caso de falhas em equipamentos como fornos, laminadores ou extrusoras. Por exemplo, se um motor de uma extrusora falhar, a manutenção corretiva seria a reparação ou substituição do motor defeituoso, garantindo que a produção continue sem interrupções.

Além disso, a manutenção corretiva também pode envolver a realização de inspeções de rotina em equipamentos para identificar problemas antes que eles se tornem graves.

Indústria de alimentos:

Antes de mais nada, na fábrica de alimentos, a manutenção corretiva pode ser necessária em caso de falhas em equipamentos como fornos, freezers ou embaladoras. Por exemplo, se o sistema de resfriamento de um freezer apresentar falhas, a manutenção corretiva seria a reparação ou substituição do equipamento defeituoso para evitar perda de produtos alimentícios.

Indústria química:

Em uma planta de produção química, a manutenção corretiva pode ser necessária em caso de vazamento de produtos químicos ou falha em equipamentos críticos. Um exemplo seria a substituição de uma bomba centrífuga que falhou devido ao desgaste, o que poderia levar a interrupção da produção.

A manutenção corretiva nesse caso seria a substituição da bomba defeituosa, para que a produção seja retomada.

Ter um controle da manutenção gera inúmeros benefícios para a empresa! Além disso, algo que também ajuda a maximizar os ganhos e diminuir as perdas no processo produtivo é o tipo de arranjo físico dos recursos. Você conhece as técnicas utilizadas para otimizar os arranjos? Saiba mais clicando aqui!

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