5 PASSOS PARA ELABORAR UM ÓTIMO DIAGRAMA DE ESPAGUETE

Tempo de Leitura: 5 minutos

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O que você vai aprender

Diagrama de Espaguete - EPR Consultoria

 

O Diagrama de Espaguete é uma ferramenta extremamente eficaz para a análise de fluxos produtivos, apesar do nome peculiar. Relacionado ao Lean Manufacturing, ele busca analisar diretamente um dos desperdícios do sistema de produção enxuta.

Ao realizá-lo, obtém-se uma clara visão das movimentações dos colaboradores e quais delas são desnecessárias, resultando em perdas do processo produtivo. Neste texto você vai ver o que é o Diagrama de Espaguete, como ele funciona e quais benefícios a sua aplicação traz. Boa leitura!

 

O que é Diagrama de Espaguete?

O Diagrama de Espaguete consiste em uma metodologia extremamente visual, utilizada para mapear as movimentações de colaboradores. Associada ao Lean Manufacturing, busca atacar o desperdício gerado por movimentações desnecessárias. 

Dessa forma, a construção do diagrama consiste em traçar linhas em cima da planta do setor a se analisar. Assim, elas correspondem aos caminhos que o colaborador (ou até mesmo o produto, em alguns casos) percorrem. 

O nome “espaguete” explica-se pois, após desenhar o diagrama, nos deparamos com um emaranhado de linhas, umas sobre as outras, lembrando o prato italiano. Por isso, quanto pior organizado estiver o espaço, maior será a sobreposição de linhas. 

Recomenda-se o uso do diagrama de espaguete quando se pretende compreender mais a fundo o arranjo físico ou layout da planta e os fluxos que nela existem. Observando as linhas traçadas e as distâncias delas, é possível embasar melhor a decisão de um rearranjo físico para diminuir a perda por movimentações desnecessárias.

 

Exemplo de Diagrama de Espaguete

 

Qual a relação entre Diagrama de Espaguete e Lean?

O sistema de produção enxuta ou Lean Manufacturing consiste em uma filosofia de gestão com a mentalidade de otimização contínua, aproveitando os recursos disponíveis da melhor forma possível. Por isso, um de seus pilares é combater os 7 tipos de desperdícios. Dessa forma, utilizam-se ferramentas e metodologias próprias do sistema.

O Diagrama de Espaguete é uma delas. Ele está intrinsecamente relacionado com a perda por movimentação desnecessária. Outra ferramenta que pode contribuir com o diagrama é o Mapeamento de Processos. Com ele, há uma compreensão ainda maior do fluxo produtivo e assim uma maior assertividade na construção do diagrama.

 

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Para que serve o Diagrama de Espaguete?

Agora que entendemos o conceito desta ferramenta, vamos explicar a utilidade dela para análises na sua empresa. O Diagrama de Espaguete busca auxiliar no processo de eliminação de desperdícios, especialmente aqueles causados por movimentação.

Ele facilita a visualização do processo, tendo enfoque nos padrões de deslocamento do objeto estudado. Dessa forma, dimensiona o nível de eficiência do processo, baseado em quão emaranhadas ficam as linhas. Assim, ao reduzir o número de linhas e a distância delas, atinge-se a otimização do processo quanto às movimentações estritamente necessárias.

O diagrama serve de insumo para a análise do arranjo físico, possibilitando um eventual redesenho do layout mais assertivo. Aqui deve-se considerar outros fatores que possam implicar na movimentação do colaborador ou produto, como: sinalização, dependência de máquinas, acesso dificultado, etc.

 

5 passos de como fazer um Diagrama de Espaguete

A realização do Diagrama de Espaguete é um procedimento simples, mas que exige uma dedicação na compreensão do processo, para que seu resultado seja o mais condizente com a realidade possível. Assim, a tomada de decisão de um eventual rearranjo físico se tornará mais embasada e certeira. 

São 5 passos simples e, se executados metodicamente, resultarão em uma análise completa e eficaz. Veja abaixo:

 

1 – Definir o processo que será analisado

Nessa etapa inicial, busca-se deixar o início e o fim bem definidos do processo a ser estudado. Nesse sentido, um bom ponto de partida é algum processo que já se imagine que seja ineficaz e precise de melhorias. 

 

2 – Realização da planta baixa do local de atuação

Após definido o processo, é necessário entender onde ele acontece dentro da empresa. Uma vez definido o local, ou se utiliza uma planta já existente ou é desenhada uma planta baixa do ambiente. Vale ressaltar que um ótimo software para realizar esse desenho é o AutoCad.

 

3 – Desenhar o trajeto do colaborador ou produto na planta

Com a planta em mãos, parte-se para o Diagrama de Espaguete em si. Aqui devem ser traçadas, com uma linha contínua, todas as movimentações do objeto de estudo.

Importante definir a distância percorrida e o tempo gasto em cada rota.  Dessa forma, haverá ainda mais informações para embasar a próxima etapa. Para realizar o desenho em cima da planta, o software LucidChart é uma ótima alternativa.

 

4 – Analisar o diagrama

Após concluir o Diagrama de Espaguete, reúna a equipe do projeto e busquem por caminhos desnecessários, que poderiam ser encurtados ou até mesmo eliminados. Utilizar-se dos dados coletados anteriormente é um ótimo balizador.

 

5 – Propor melhorias e testá-las

Por fim, teste arranjos novos no papel e simule movimentações do processo para estimar possíveis ganhos de tempo  e esforço. Importante focar em reduzir ao máximo atividades que não agregam valor ao produto final. Ao final desse processo, o Diagrama deverá ficar mais claro, não tão emaranhado quanto o inicial.

 

Como montar um Diagrama de Espaguete

 

Exemplo de Diagrama de Espaguete

Suponha que Douglas, gerente de um grande centro de distribuição, notou que os atrasos nas expedições estão aumentando e, consequentemente, colaboradores estão tendo que trabalhar por mais tempo para suprir esse atraso. Dessa forma, ele acredita que a movimentação entre o setor de expedição e estoque está acarretando nesses atrasos.

Assim, Douglas opta por aplicar o Diagrama de Espaguete nesse processo de separação dos 5 produtos que mais vendem, responsáveis por 80% do faturamento. Ele coleta a planta baixa do local com o setor administrativo e realiza um estudo extenso das movimentações dos colaboradores, traçando diversas linhas.

Finalmente, se dá conta de que os colaboradores precisam buscar as ordens de expedição no andar acima, e ainda existem alguns produtos que ficam na parte de trás do estoque. Assim, Douglas percebe que, reformulando a estrutura do estoque e o posicionamento desses 5 produtos, além de estipular que alguém leve as ordens de expedição para baixo, a movimentação dos colaboradores reduziria. Portanto, como consequência, conseguiriam minimizar os atrasos nas entregas.

 

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