EMPRESA JÚNIOR: INOVAÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA SUA EMPRESA

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O que você vai aprender

 

Empresa Júnior (EJ) é uma associação civil sem fins lucrativos, formada e gerida por alunos de graduação, com auxílio e orientação de professores.

Nesse sentido, o conceito de empresa júnior surgiu na França em 1967, com o objetivo de realizar pesquisas de mercado para empresas. Contudo, no Brasil, essa ideia surgiu apenas em 1987, sendo a primeira empresa júnior a EJFGV, formada e gerida por alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, com cerca de 1.140 empresas juniores até o ano de 2019, o Brasil é líder mundial desse segmento. Segundo a Brasil Júnior, entidade que representa essas empresas juniores, 28.083 projetos foram feitos no ano de 2019, o que gerou o faturamento de aproximadamente 45 milhões de reais.

 

Conheça os objetivos de uma empresa júnior

Os principais objetivos de uma empresa júnior são:

  • Estimular o aprendizado prático nas universidades;
  • Aproximar o mercado de trabalho do ambiente acadêmico;
  • Desenvolver projetos de consultoria na área da graduação;
  • Oferecer a oportunidade para os estudantes de gerir uma organização com autonomia.

Nesse sentido, na maioria das vezes a empresa júnior é o primeiro contato dos estudantes com o mercado de trabalho. Sendo assim, ela propicia desafios que dificilmente os estudantes teriam a oportunidade de vivenciar antes de se formar. Em suma, além de ser um ótimo jeito de adquirir conhecimento técnico, a EJ impulsiona o desenvolvimento de soft skills.

 

Benefícios da EJ: para empresas, estudantes e universidade

Hoje, há muitas empresas juniores no Brasil em um movimento que pretende aumentar sua influência social e econômica, ganhando cada vez mais importância para a sociedade. Dessa forma, as empresas juniores contemplam a necessidade de três públicos principais: os alunos, as empresas, e as universidades.

Estudantes:

As empresas juniores são uma forma prática de desenvolver as competências adquiridas dentro das cadeiras da graduação. Ou seja, é onde os estudantes podem ter um contato maior com o ambiente do mercado de trabalho, lidando com desafios e empreendedorismo ainda na fase de formação. Portanto, a experiência em EJ resulta em desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional.

Universidades:

Para as universidades, a empresa júnior é uma forma de garantir a reputação e, dessa forma, se tornar uma instituição cada vez mais atraente para alunos e parceiros.

Empresas:

Já para as empresas, a empresa júnior é uma oportunidade única de ter acesso a projetos de consultoria de alto nível com custos mais baixos que o do mercado. Isso ocorre pois a EJ é uma organização sem fins lucrativos e todo o seu lucro é destinado para a capacitação dos membros.

Ou seja, as empresas juniores ajudam a oxigenar o ambiente corporativo com uma visão externa e embasada em estudos acadêmicos e atuais de práticas da área. Sendo assim, ao contratar uma EJ, você está ajudando no desenvolvimento da sociedade como um todo e impulsionando o futuro do mercado de trabalho.

 

Como criar uma empresa júnior? Confira processos

Quer saber como montar uma empresa júnior? Separamos aqui um passo a passo das ações que devem ser estruturadas, além de qual a documentação necessária para a oficialização da EJ.

Passo a passo:

  1. Reunir uma equipe de universitários comprometida e conduzir o processo de fundação;
  2. Definir um modelo de negócio;
  3. Definir o benchmarking;
  4. Formular uma proposta de valor da empresa;
  5. Definir o crédito financeiro;
  6. Estruturar um planejamento estratégico.

Por isso, assim que todos esses pontos estiverem definidos, deve-se buscar o suporte da instituição de ensino superior (IES). Nesse sentido, ela auxilia na formalização e disponibilização de um espaço físico para a empresa júnior.

Documentação:

Em relação a regularização da empresa júnior, é necessário emitir alguns documentos, como:

  • Estatuto social;
  • Ata de fundação, eleição e posse;
  • Certidão de aprovação.

Portanto, ao final de tudo isso, a Empresa Júnior possuirá CNPJ próprio, inscrição municipal e Conceito Nacional de Empresa Júnior (CNEJ).

Por fim, sobre o processo de entrada de novos membros e consequente troca de gestão nas empresas juniores, são feitos processos seletivos específicos. Sendo assim, tais seleções são separadas em etapas, com dinâmicas em grupos, provas e entrevistas. Dessa forma, é possível analisar se os concorrentes estão de acordo com os valores da EJ, pois serão eles os futuros responsáveis por representar a empresa júnior.

 

O que é MEJ e qual sua relação com empresas juniores?

MEJ é o Movimento Empresa Júnior, que teve início em 1967 na França e representa as empresas juniores de todo o Brasil. O propósito do MEJ é formar universitários empreendedores comprometidos e capazes de transformar o país, através da transparência, sinergia e foco nos resultados.

O MEJ tem como objetivos principais:

  • Intensificar o aprendizado por projetos, gestão e cultura;
  • Fundamentar a capacitação;
  • Alavancar a capacidade de realização;
  • Formar equipes de alta performance;
  • Fortalecer o empreendedorismo;
  • Aumentar a participação no mercado;
  • E criar uma comunidade de pós-juniores em todo país.

 

3 mitos sobre empresa júnior para abandonar agora

Há vários mitos relacionados ao trabalho de uma empresa júnior os quais atrapalham o seu crescimento no mercado de trabalho. Selecionamos alguns deles abaixo, buscando desmistificá-los:

“EJs não fazem projetos complexos e desafiadores”

No entanto, há vários projetos complexos e de alto nível sendo realizados por estudantes de empresas juniores das mais diversas áreas. Podemos trazer como exemplo disso um projeto da EPR em uma grande rede varejista de moda.

Nesse sentido, a EPR desenvolveu uma ferramenta com 87% de precisão para simular os processos com todas suas possíveis variáveis. Portanto, ela informava a capacidade produtiva, o tempo despendido em cada etapa, os recursos necessários e a melhor combinação junto aos recursos disponíveis. Hoje, são 73 lojas espalhadas pelo Brasil que utilizam a solução desenvolvida pela EPR.

“Trabalhar em empresa júnior não acrescenta nada para a carreira profissional, é só um passatempo”

No entanto, é somente nas empresas juniores que os estudantes têm contato direto com o mercado de trabalho e negociações. Isso ocorre através da elaboração de propostas, contratos e projetos para pequenas, médias e grandes empresas. Além disso, é um ponto muito marcante na carreira, visto que possibilita a vivência em um ambiente empresarial e a experiência de lidar com processos seletivos.

“Não vale a pena trabalhar em uma EJ, visto que é um trabalho voluntário e não vou receber nada em troca”

No entanto, ao participar de uma empresa júnior, o estudante estará investindo no próprio futuro e não apenas trabalhando sem receber nada em troca. Afinal, todo o dinheiro advindo de projetos é despendido na capacitação dos membros. Essa medida permite o crescimento profissional, o networking e o desenvolvimento de competências essenciais para se diferenciar no mercado de trabalho.

 

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